Dê a quem você ama: Asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar! (Dalai Lama)

15
Mar 09

Laura-rosto-Alamal-2005-2.JPGSabem.....
Ser diferente não implica ser melhor ou pior do que os outros, mas sim e unicamente: ser diferente por sentir e pensar diferente.
E não pensem que é bom, não!
Temos uma vida horrível até compreendermos que somos diferentes. Sofremos durante anos e anos até entendermos isso.
Pensamos ser horríveis, os piores do mundo, estar sempre fora do contexto, os outros é que têm razão e, se calhar, nós é que estamos errados porque todo mundo age diferente de nós, etc. etc. Um horror de vida!

O pior é todo o mundo se unir para nos forçar a acreditar que somos péssimos!!!!!!

Um dia... um dia a gente apercebe-se que ser demasiado sensível não é defeito mas, também, como virtude não funciona;  só traz desgostos e mau estar, além de acarretar muito sofrimento.
No fundo sabemos estar correctos e certos mas... e os outros? Como conviver com eles?

Ser diferente também pode notar-se noutras coisas, tais como gostar de fazer tudo bem feito e não entender o porquê dos outros fazerem mal e a correr. Dá o mesmo trabalho fazer bem ou fazer mal, não é? Mais tarde não precisamos emendar nem confrontar-nos com as asneiras! Odiaríamos isso!
Exigimos demasiado de nós próprios, acreditem! Verdade que também exigimos deles!?!?...
Somos apelidados de perfeccionistas - dito com uma pontinha de desdém, como se gostar de fazer bem fosse defeito e precisássemos ser excluídos da sociedade por causa disso.
Viram-nos as costas encolhendo os ombros! Chamam-nos parvos, entre dentes. Não tão entre dentes que a gente não oiça ou se aperceba do enfado.
Somos apelidados de chatos porque odiamos coisas mal feitas e desleixadas. Dizem-nos isso com um ar de quem não entende porque é que somos assim, defeituosos... exigentes. (Ser exigente, para eles também é defeito, note-se!)

Ser diferente também é gostar muito de animais. Nesse campo também tem um montão de gente que não entende.
Animais............. são somente animais e pronto!
Alguns matam-se e comem-se. Outros treinam-se para se exibirem e ganhar dinheiro com isso. Muitos podem ser infernizados, perseguidos e dizimados porque se estipulou terem algo valioso (peles, órgãos para amuletos, ossos para afrodisíacos, etc.). A maior parte usa-se como brinquedo e até podem ser depois largados por aí... mesmo na lixeira, mas nunca, nunca, são tidos como animais cuja inteligência e vivência é diferente da nossa, porque é básica, primitiva, intuitiva e assenta em hierarquias respeitadas (coisa incapaz de funcionar nos humanos). Até a Lei lhes concedeu uma cartilha de Direitos dos Animais mas não funciona. E os tais outros não querem saber nem entendem porque o diferente se preocupa tanto.
Não falar igual a eles significa ser abaixo deles. Daí, ser classe inferior(!?) Pode ser usada sem receios nem piedade!!!!!!
É como nos filmes de ficção científica ou nos livros de George Orwell. Eu acho nisto tudo um certo ar de Kafka, mas eu tinha que ser diferente, claro.

Ser diferente, também tem a ver com o facto de não gostar de falar por falar, dizer baboseiras ou usar e abusar das piadas. O que é demais enjoa! Acaba por perder credibilidade e seriedade, quem assim se comporta.
Os diferentes como nós não gostam de falar com esse tipo de gente; receiam estar a malhar em ferro frio e irritam-se, só desejam partir para bem longe.
Tudo tem um tempo certo e numa conversa séria não cabem piadinhas absurdas, próprias de quem não consegue discernir, interiorizar, nem opinar algo valioso para o assunto; então brinca,  na vã tentativa de distrair-nos do fulcro da questão.

Os diferentes como nós precisam que lhes dêem atenção, sob pena de se desligarem completa e totalmente de quem os rodeia.
Os diferentes como nós também... também... também...

Afinal, ser diferente, para mim é ter a sensibilidade à flor da pele, compadecer-se de tudo e todos, tentar ajudar e sofrer durante uma vida inteira por ser assim: a maior parte dos dias com lágrimas nos olhos, coração apertado, sensação de inutilidade e impotência perante um mundo intrinsecamente mau e desleixado!

Quem quiser pode juntar-se a mim porque só hoje entendi: ser diferente não é defeito meu.......... MAS DELES!
Ainda vou a tempo de ser feliz?
---------------
4/08/2004
Laura B. Martins

publicado por LauraBM às 00:43
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:

Pois amiga Laura
Havia alguém que dizia eu ser exigente,esquisito,miudinho e sei lá que mais,em contra partida outros achavam que assim é que se deve ser e me davam valor,eu não sou diferente mas apenas gosto de fazer cada vez melhor o que me proponho fazer,posso não conseguir mas se tal acontecer sou o primeiro a ficar insatisfeito.
Sou como sou,agora velho já nada valho.
Um abraço.
João Cano a 4 de Fevereiro de 2014 às 21:31

Oi João, como você, identifiquei-me com a crônica da Laura, pois me sinto diferente da maioria das pessoas, mesmo as da minha idade (61) e foi muito reconfortante ver-me um pouco descrita pela Laura. Somos o que somos e não devemos nos envergonhar jamais. Um abraço
Gina a 19 de Setembro de 2015 às 11:43

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